Apesar da concentração da educação a distância em administração e educação, bem como na graduação, é importante notar a multiplicação de “áreas cobertas pela educação a distância” e sua ampliação na pós-graduação, particularmente em -programas de graduação. Além disso, os representantes das faculdades EAD de Quebec consultadas insistem no fato de que, mais do que o campo de estudo, é o conteúdo do curso que se presta ou não à educação a distância.
Na mesma linha, enquanto a educação a distância “há muito tempo está associada a clientelas marginais em relação às populações estudantis normalmente educadas”, como “adultos” em formação continuada, alunos que apresentam deficiência ou aqueles que vivem em áreas remotas, é cada vez mais voltado para uma variedade de populações estudantis. É em virtude dessa evolução que Bertrand a qualifica como “inovação disruptiva”.
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Vários dados identificados tendem a confirmar que a educação a distância atinge alunos com perfis variados, embora seja popular com determinadas categorias, incluindo mulheres, alunos em meio período e alunos mais velhos. Os dados do sistema GDEU mostram que as matrículas em pelo menos uma atividade de formação assíncrona diz respeito a uma clara maioria de mulheres: estas últimas representam quase dois terços das matrículas em tais atividades.
Esta constatação parece estar parcialmente ligada à sobre representação das mulheres entre os estudantes a tempo parcial, que utilizam a educação a distância com mais frequência (18%) do que os estudantes a tempo inteiro (9%). De fato, em populações de estudantes em tempo integral, a proporção de matrículas em pelo menos um curso assíncrono é aproximadamente a mesma para mulheres e homens. Além disso, os cursos assíncronos atingem indivíduos de todas as idades, embora sejam particularmente populares entre os alunos mais velhos, que podem ter mais restrições de tempo.